For another May 13: violence, freedom and subjectivity in the insurrection of the enslaved people of Carrancas

  • Datum: 20.05.2025
  • Uhrzeit: 13:00 - 14:00
  • Vortragende(r): Thaisa Maria Rocha Lemos
  • Ort: mpilhlt & online
  • Raum: A601
  • Gastgeber: Pilar Mejia
  • Kontakt: mejia@lhlt.mpg.de
For another May 13: violence, freedom and subjectivity in the insurrection of the enslaved people of Carrancas

On May 13, 1833, a group of enslaved individuals armed with work tools initiated the Carrancas Revolt in southern Minas Gerais, Brazil, killing all the white people they encountered along the way. The Interrogation Records of the Insurrection Criminal Process of 1833 reveal that, despite variations in their statements, the accused shared the same motivation expressed by Juliam Congo: “murder all the whites.” The Depositions section also includes witness testimonies confirming that some of the enslaved, such as Benguela, declared their intent to “destroy everything.” The events of Carrancas present a form of enslaved violence that was neither catalyzed by a specific event nor instrumentalized as a means to achieve a predetermined goal, such as improving living conditions, overturning economic-political structures, or seizing power. As a result, they do not conform to the established models of enslaved uprisings – with their rigid criteria – as framed by specialized historiography in terms of negotiation, resistance, and revolution. Thus, how should these events be interpreted, both politically and juridically?

[Portuguese]

Em 13 de maio de 1833, cerca de 30 escravizados, armados com ferramentas de trabalho, iniciaram a Revolta de Carrancas no sul de Minas Gerais, Brasil, matando todas as pessoas brancas que encontraram pelo caminho. Os Autos de Perguntas feitas aos réus do Processo Criminal da Insurreição de 1833 revelam que, apesar das variações em seus depoimentos, os acusados compartilhavam a mesma motivação expressa por Juliam Congo: “matar todos os brancos”. Na seção Depoimentos, também constam declarações de testemunhas que afirmaram que alguns dos escravizados, como Benguela, professavam a intenção de “destruir tudo”. Os acontecimentos de Carrancas apresentam, dessa forma, uma forma de violência de escravizados que não foi catalisada por um evento específico, nem instrumentalizada como meio para alcançar um objetivo predeterminado – como melhorar as condições de vida, subverter estruturas econômico-políticas ou tomar o poder. Como resultado, esses eventos não se enquadram nos modelos de revoltas escravas – com seus rígidos critérios – consagrados pela historiografia especializada em termos de negociação, resistência e revolução. Assim, como esses eventos podem ser interpretados, tanto política quanto juridicamente?

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